sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Profissão: puxa-saco

Profissão: puxa-saco Bajulação é diferente de marketing pessoal. Chefe deve saber valorizar o profissional pelas competências e evitar interesseiros
Tentar agradar é um comportamento natural do ser humano. No ambiente de trabalho, no entanto, essa postura pode ser comprometedora. “Há uma linha muito tênue entre o marketing pessoal e a bajulação”,
Existe funcionários que assumem uma postura de “puxa-saco” por insegurança ou por interesse. A bajulação acontece, principalmente, em profissionais que precisam gerar resultados. Demonstrar apoio total ao chefe pode ser uma forma de se firmar na organização, ainda mais em empresas com aspectos paternalistas, como é o caso de muitas firmas brasileiras.
O grande problema é que há chefes que gostam de uma postura que reverencia a importância de sua posição. É aí que ser “puxa-saco” pode render alguns privilégios. O que deve valer é a competência, mas já vi pessoas ganhando espaço e tirando proveito da amabilidade com os gestores.
Cabe ao líder avaliar a produtividade e o desempenho a partir dos resultados e tratar todos os funcionários de maneira igual. E, de acordo com o especialista, não há como barrar colegas interesseiros, já que isso pode soar como inveja. A pessoa deve fazer bem seu trabalho e mostrar seu valor. Caso isso não seja suficiente, busque outras oportunidades no mercado.
Já presencie situações em que o colega destoava da equipe, procurando justificar sua opinião a sós com o diretor e quebrando a harmonia do grupo. O líder então percebeu que não podia sacrificar o time em nome de um profissional e o afastou.
Com a crise econômica imagino que será comum que as pessoas comecem a valorizar mais os interesses da empresa, o que pode ser proveitoso para revelar potencialidades de alguns funcionários. Os não-engajados vão querer se destacar para salvar a pele e se isso não acontecer pela competência, será pela bajulação.
Da mesma maneira, espera-se que as pessoas invistam mais no marketing pessoal e, para isso, atinjam o público-alvo, que é o chefe. Para conviver com o clima dentro da organização, não há muito o que fazer até porque não é estratégico provocar confrontos e grandes mudanças, o jeito é engolir seco.